A tradução deste artigo se encontra no final da versão em inglês
When Americans ask about Brazilian culture, the topics almost always include beaches, soccer, the Amazon, and Carnaval — an event that truly embodies the cheerful and buoyant Brazilian spirit.
Carnaval began during Brazil’s colonial period. One of the earliest manifestations was Entrudo, a party of Portuguese origin, celebrated by slaves, who would take to the streets with painted faces, throwing flour and scented bubbles into the air. The scented bubbles and the flour weren’t always welcomed, and Entrudo, although extremely popular, was considered a violent and offensive practice.
As Entrudo became a marginalized festivity, especially in the media, Brazil’s elite threw Carnaval balls in social clubs and theaters. Music, though not part of Entrudo, became a feature in the elite balls. Polka music was especially popular. The first Carnaval parades, also put on by the elite, originated in Rio de Janeiro as the Congresso das Sumidades Carnavalescas.
By the end of the 19th century, the popular classes hadn’t given up on their own celebration of what would later become Carnaval. Music was a huge contributor. Chiquinha Gonzaga, a woman, born into a prominent family in Rio de Janeiro, dared to go against the patriarchal elite by performing music — a taboo for women at the time. Her piano renditions, which combined polka, tango, and waltz, helped establish the Marchinhas de Carnaval, songs that came to represent the holiday. Her most famous Carnaval song is “O Abre-alas.”
Samba emerged in 1910 with the song “Pelo Telefone,” composed by De Donga and Mauro de Almeida. This genre would also come to define Carnaval music.
In Bahia, a state in the eastern part of Brazil, the first afoxés (an Afro-Brazilian genre of music) emerged at the turn of the 20th century. During the same period, the frevo, a unique form of Brazilian artistic expression, emerged in Recife, Pernambuco. Maracatu, an ancient Carnaval tradition formed by slaves to preserve African culture and heritage, meanwhile became widely popular in the streets of Olinda, Pernambuco.
By the 20th century, all classes were celebrating some version of Carnaval. Between 1910 and 1930, members of the Rio de Janeiro elite began to parade in their convertible cars in the main street in Rio. The popular classes created the Samba Schools in 1920. These social clubs, usually originating from a neighborhood, began competing in dance competitions in 1929. The Carnaval Marchinhas began to gain notoriety in the 1930s. In 1950, in Salvador, the first Trio Elétrico surfaced. These trucks, equipped with a high-power sound system, would become a staple of Carnaval.
In 1960, gambling events known as Jogo do Bicho, or “the animal game” were popularized. Businessmen involved in the Jogo do Bicho began to invest heavily in Carnaval. With those funds, The Rio de Janeiro Town Hall installed bleachers for spectators. In 1984, Rio de Janeiro’s governor, Leonel Brizola, created the Sambódromo, a Carnaval stadium designed by famous architect Oscar Niemeyer.
Today, Carnaval is not just one of Brazil’s main cultural traditions, it is also a lucrative boon to tourism, attracting visitors and entertainers from all over the world. Each year, billions of tourists visit Brazil to learn how to samba and participate in the country’s biggest party.
For more information on modern-day Carnaval, visit rio-carnival.net.
Carnaval on-Island
This past Saturday, the Oak Bluffs library held an all-ages event to celebrate Carnaval. The event was the brainchild of Nate Luce, the library’s program coordinator, who wanted to introduce the Island community to more Brazilian culture. Saturday’s event included a craft room where visitors could make Carnaval masks, shakers, and headdresses. Cornell Coley led a drum circle and presentation where children sang and played scrapers, shakers, drums, bells, and cowbells in the song “Old Lady Walk a Mile” by Lord Kitchener.
Mr. Coley discussed the different types of Carnaval celebrations and music in Trinidad, Cuba, and Brazil.
The Brazilian restaurant Bite on the Go catered the event with rice, pinto beans, bananas, chicken, and yucca, along with popular Brazilian juices including passionfruit, guava, pineapple, and caju (a typical Brazilian fruit).
The library was festively decorated with streamers and a sign wishing attendees a Feliz Carnaval. The library also set out books about Brazil and Carnaval for participants to educate themselves. Mr. Luce said the library would like to make Carnaval an annual event, spread out over the course of a week.
Portuguese Translation – Tradução em português
O que é o Carnaval? Um breve historia da tradição brasileira.
Quando americanos perguntam sobre cultura brasileira, os tópicos que sempre são inevitavelmente discutidos são as praias, o futebol, a Amazônia, e o carnaval – um evento o qual realmente representa o espirito brasileiro: alegre e festejador.
O Carnaval começou durante o período colonial no Brasil. Uma de suas primeiras manifestações foi através do Entrudo, uma festa de origem portuguesa, celebrada pelos escravos que saíam nas ruas com suas faces pintadas, jogando farinha e bolhas de cheiro no ar. As bolhas nem sempre tinham um cheiro agradável e tanto o cheiro como a farinha nem sempre agradavam as pessoas. O Entrudo, apesar de muito popular, passou a ser considerado uma prática violenta e ofensiva.
Enquanto o entrudo tornava-se uma celebração marginalizada, especialmente pela mídia, a elite brasileira começava a introduzir bailes de carnaval em clubes sociais e teatros. Música não fazia parte do Entrudo, mas passou a fazer parte dos bailes de carnaval. Polca era o estilo musical mais popular. Os primeiros desfiles de carnaval, também foram introduzidos pela mídia, e deram vida aos Congressos das Sumidades Carnavalescas no Rio de Janeiro.
No final do século XIX, as classes populares não haviam desistido de ter a sua própria celebração do que eventualmente iria tornar-se o Carnaval. A Música foi um fator muito importante, Chiquinha Gonzaga, uma mulher nascida em uma família abastada do Rio de Janeiro,foi contra os conceitos patriarcais da elite carioca através de sua música – um tabu para as mulheres de seu tempo. Suas redenções no piano, combinadas com polca, tango e valsa, ajudaram estabelecer as marchinhas de carnaval, músicas que passaram a representar o feriado. Uma de suas canções mais conhecidas é “O Abre-alas”.
O samba surgiu em 1910 com a música “Pelo Telefone” uma composição de Donga e Mauro de Almeida. O gênero musical passou a definir o Carnaval.
Na Bahia, os primeiros afoxés (um gênero de música afro brasileira) surgiu na virada do século XX. Durante o mesmo período o Frevo, um estilo de dança e ritmo musical típico do carnaval de Pernambuco, também tornou-se bem popular. O Maracatu, uma tradição carnavalesca formada por escravos para preservar a cultura e herança africana, também tornou-se incrivelmente popular nas ruas de Olinda, Pernambuco.
No século XX, todas as classes celebravam alguma versão do carnaval.Entre 1910 e 1930, membros da elite carioca começavam a fazer desfiles em seus carros conversíveis na avenida Rio Branco. A classe popular criou as escolas de samba em 1920. Estas escolas geralmente fundadas em bairros,começaram a fazer competições de dança em 1929. As marchas de carnaval ganharam notoriedade em meados de 1930. Em 1950, em Salvador, surgiu o primeiro Trio Elétrico. Estes carros equipados com um sistema de som potente passaram a ser uma das representações do carnaval.
Naturalmente, o Carnaval passou a ser tão popular que atiçou o interesse comercial, principalmente dos empresários do jogo do bicho. Em 1960, os empresários do jogo do bicho viram o potencial lucrativo do carnaval. A prefeitura do Rio de Janeiro instalou arquibancadas e a prática tornou-se também popular em São Paulo.
Em 1984, o governador do Rio, Leonel Brizola, criou o sambódromo, um estádio de carnaval projetado pelo famoso arquiteto Oscar Niemeyer.
Hoje em dia, o Carnaval não é apenas uma das principais atrações culturais brasileiras, como também é muito lucrativo para o turismo, atraindo visitantes de todo mundo. A cada ano, bilhões de turistas visitam o Brasil querendo aprender a sambar, e participar da maior festa brasileira.
Carnaval na ilha.
Neste último sábado, a biblioteca de Oak Bluffs abriu suas portas para um evento em celebração do Carnaval. O evento foi promovido por Nate Luce, o coordenador de programas da biblioteca de Oak Bluffs, o qual quer introduzir a cultura brasileira para a comunidade em geral da ilha. No o evento de sábado, havia materiais para fazer máscaras de carnaval, chocalhos e enfeites para a cabeça. Cornell Coley conduziu um círculo de apresentações onde as crianças cantaram e tocaram bateria, sinos, chocalhos ao som de “Old Lady Walk a Mile” de Lord Kitchener. O apresentador também discutiu as diferentes formas de celebrar o carnaval em Trinidad, Cuba e Brasil.
O restaurante brasileiro Bite on the Go forneceu ao evento arroz, feijão, bananas, frango e farofa assim como sucos brasileiros populares como maracujá, goiaba, abacaxi e caju.
A biblioteca estava decorada festivamente, com um cartaz que desejava a todos um Feliz Carnaval. A biblioteca também espalhou livros sobre o Brasil e o carnaval para educar os participantes sobre o país e o evento. Nate Luce disse que a biblioteca gostaria de promover a celebração do Carnaval anualmente, no decorrer de uma semana.