Saudade: News from and for the Brazilian community/Notícias de e para a comunidade brasileira

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Graduation Time

A tradução deste artigo se encontra no final da versão em inglês

Graduation time is always a little bittersweet. It can represent the end of who one used to be and the beginning of what is yet to be defined. The Martha’s Vineyard Regional High School graduation will be on June 11 at the Tabernacle, and this year I couldn’t be more proud of the Brazilian-American students graduating. I had the privilege of teaching some of these students in their senior year, and I have no doubt that they will continue to work hard to get to reach their goals and make their families proud.

Paulo Pereira Filho — the 2017 class essayist, and Camilla Prata, Joshua Tate-DaSilva, and Nayson Perez are in the top 20 seniors list. Robson Borges, Barbara De Paula, and Abraham Nunes received Citizenship Awards last week at Honors Night, and some of these students received the MV Youth and Vision Fellow scholarships.

The reason I used “bittersweet” is that some of these students will be the first in their family ever to go to college, and the distance and various nuances that come with being a college student will be something that the families will have to adjust to and learn from. Last week, when talking with Abraham Nunes, he mentioned that his parents always encouraged him to study hard and plan to go to college, but that he would be navigating a world that his parents don’t know anything about; that as challenging as it may be, it also is an opportunity for him to prepare himself to help his siblings when it is their turn to go to college.

Speaking of MVRHS students doing and experiencing fun things for the first time, João Pedro Alves, who is a sophomore at the high school, visited Brazil during April vacation after moving to the U.S. when he was 7 years old, and this week’s pictures are ones he took from Mantenópolis, Espírito Santos, a place many Brazilian Islanders used to called home. He shared in a very candid way what it was like to visit the place where he was born, that he doesn’t necessarily have a strong connection to it, but it was fun having an experience with the culture he inherited from his parents.

“It was difficult at times; it was the first time that I went on an international trip, and I was traveling with my younger sister, who was born here [In America]. It was a bit of a cultural shock: from the way that people dress to how they lived their lives and just how socially and economically different the Island is from where I come from. Brazilians have fun with simple things, and they seem to always look for something to celebrate, regardless of how difficult things in their lives may be. Brazilians are always very well-dressed, whereas my experience with Americans is that we are much more relaxed about that. There were times that I wanted to say things in Portuguese that I don’t know how to say, and that was also difficult, but I had so much fun. I visited places that were important to my parents, such as my father’s church where he lived in Brazil. I don’t really remember my life in Brazil; I remembered my grandmother’s house, but that was basically it. I consider myself to be just as much Brazilian as American; I was born in Brazil, but I grew up here, and my culture is more American.”

João Pedro, or J.P., as he is known, said that it is hard to describe all the emotions he felt going back. He was grateful to have had the experience,

It was hard to see his grandmother cry when they left to come back to the U.S., and it made him happy to see his little sister playing in the streets of his parents’ hometown.

Portuguese Translation – Tradução em português

Formatura é sempre uma época que traz um caldeirão de emoções sejam estas de alegria ou até mesmo de tristeza. Formaturas podem representar o fim de quem costumavamos ser e o início do que ainda não foi definido. A formatura da Martha’s Vineyard Regional High School será no dia 11 de junho no Tabernáculo em Oak Bluffs, e este ano eu não poderia estar mais orgulhosa dos estudantes brasileiros/americanos que se formarão. Eu tive o privilégio de ensinar alguns desses estudantes neste último ano que cursaram o ensino médio americano, e não tenho dúvidas de que estes alunos continuarão a trabalhar arduamente para atingir seus objetivos e fazerem suas famílias transbordarem de orgulho.

Paulo Pereira Filho – o qual fará o discurso da sala de 2017, Camilla Prata, Joshua Tate-DaSilva e Nayson Perez estão na lista dos 20 melhores alunos do último ano do ensino médio de 2017. Robson Borges, Barbara De Paula e Abraham Nunes receberam o prêmio de Citizenship Awards – prêmio de cidadania na semana passada na Honors Night, e alguns desses alunos receberam as bolsas para a faculdade que cursarão da MV Youth e Vision Fellow.

A razão pela qual eu digo que formaturas nos fazem sentir um leque de emoções é que alguns desses alunos serão os primeiros em suas famílias a cursarem uma faculdade, e a distância e as várias nuances que vêm com ser um estudante da faculdade serão algo que as famílias terão que se ajustar e aprender. Na semana passada, quando falava com Abraham Nunes, ele mencionou que seus pais sempre o encorajaram a estudar muito e a planejar ir à faculdade, mas que ele irá navegar num mundo o qual seus pais não conhecem quase nada; e que, por mais desafiador que isso seja, também é uma oportunidade para ele se preparar para ajudar seus irmãos quando chegar a vez deles irem para a faculdade.

Falando dos alunos da MVRHS fazendo e experimentando coisas divertidas pela primeira vez, João Pedro Alves, o qual cursa o segundo ano do ensino médio americano, visitou o Brasil durante as férias de abril depois de se mudar para os EUA quando ele tinha 7 anos e as fotos desta semana são fotos que ele tirou de Mantenópolis, Espírito Santos, um lugar que muitos brasileiros na ilha moravam. Ele compartilhou de uma maneira muito sincera como foi visitar o lugar onde ele nasceu, que ele não tem necessariamente uma conexão forte com isso, mas que foi divertido ter uma experiência com a cultura que ele herdou de seus pais.

“Às vezes, era difícil, foi a primeira vez que fui numa viagem internacional, e estava viajando com minha irmã mais nova, que nasceu aqui [Estados Unidos]. Foi um pouco de um choque cultural: do jeito que as pessoas se vestem como com a forma como vivem suas vidas e não apenas como o quão socialmente e economicamente diferente a Ilha é de onde eu venho. Os brasileiros se divertem com coisas simples, e eles parecem sempre procurar algo para comemorar, independentemente de quão difíceis as coisas em suas vidas possam ser. Os brasileiros estão sempre muito bem vestidos, enquanto a minha experiência com os americanos é que somos muito mais relaxados com relação a isso. Houve momentos em que eu queria dizer coisas em português que não sei como dizer, e isso também foi difícil, mas eu me diverti muito. Visitei lugares que eram importantes para meus pais, como a igreja do meu pai, onde ele morava no Brasil. Eu realmente não me lembro da minha vida no Brasil; lembrava da casa da minha avó, mas era basicamente isso. Considero-me tão brasileiro quanto americano; nasci no Brasil, mas cresci aqui e minha cultura é mais americana “.

João Pedro, ou J.P., como ele é conhecido, disse que é difícil descrever todas as emoções que ele sentia ao voltar. Ele ficou agradecido por ter tido a experiência. Foi difícil para ele ver sua avó chorar quando eles partiram para voltar para os EUA, mas o quão feliz ficou de ver sua irmã brincar nas ruas da cidade natal de seus pais.