A tradução deste artigo se encontra logo após a versão em inglês.
It is that time of the year again! On Friday, the White House confirmed that the First Family would return to Martha’s Vineyard in August.
When I think about Americans’ relationship with their presidents, I find it remarkable that Americans exhibit such respect for the office of the president, and the many ways respect and appreciation are demonstrated and cultivated.
However, that is not the way Brazilians feel about their presidents. The first Brazilians who immigrated to the United States arrived either during the dictatorship era or shortly after. At that time, Brazil was trying to rebuild a democracy, its economy was disastrous, inflation was elevated, and not long after, Brazilians chose their first directly elected president, Fernando Afonso Collor de Melo. This president made history by becoming the first Brazilian president to be impeached due to his corrupt government.
I was 8 years old when all of the corruption from Collor’s government came to the surface. As I watched the news with my father, and witnessed Brazilians — many young citizens — marching the street of Brasilia, the country’s national capital, with their faces painted black and with the colors of Brazil’s flags, protesting and asking for the sitting president’s impeachment, I learned to have hope that one day my country could elicit pride in and justice for its citizens.
Brazil’s new republic is in its fourth president, with the sitting president being the first woman to ever hold the position. The former president, Luiz Inácio Lula da Silva, used to be loved by some Brazilians for being an underdog, and now Lula and current president Dilma Rousseff find themselves facing disapproval and receive hostile treatment wherever they go, as their governments are facing corruption charges. Based on these facts, Brazilians continue to find it challenging to develop and solidify a sense of patriotism and pride for their country.
I know of many Brazilians who witnessed President Obama’s swearing-in, including some of my family members. Many Brazilian Islanders have deep gratitude for what his executive order, the DACA (Deferred Action for Childhood Arrivals), has done to change their kids’ lives, as the Times recently reported.
“One of the elements about President Obama’s visit last year that I thought it was so nice is that he knew everyone’s name,” said Mara Carminati, a Brazilian who has been on the Vineyard for 16 years, in a recent phone conversation with the Times. “He thanked all of the people who worked at the house he stayed in with his family, and shook our hands.” Mara met the president last year, and worked as a volunteer at the house where the First Family vacationed. As with everyone who comes close to the President, Mara went through a thorough screening process in order to be able to be of service to the president. As the Island gets ready to receive the First Family, Brazilian Islanders will be among the many curious spectators waiting to see just a glimpse of President Obama, and who hope they can demonstrate their respect and appreciation for his service to a country they have adopted as their own.
Portuguese Translation – Tradução em português
É aquela época do ano novamente! Na última sexta-feira, a Casa Branca confirmou a visita da primeira família à Martha’s Vineyard em agosto.
Quando eu penso na relação dos americanos com seus presidentes, acho notável que exponham um grande respeito pelo cargo e escritório ocupado pelo presidente e as diversas maneiras como respeito e apreciação são demonstrados e cultivados.
De qualquer maneira, essa não é a forma como brasileiros sentem quando o assunto é seus presidentes. Muitos dos primeiros brasileiros que imigraram para os Estados Unidos chegaram ou durante a ditadura militar ou logo após. Era um tempo o qual o Brasil estava tentando reestabelecer uma democracia, sua economia era desastrosa e inflação elevada. Logo após a ditadura foi derrubada, brasileiros escolheram pela primeira vez seu presidente, Fernando Afonso Collor de Melo. O presidente que marcou a historia do Brasil por se tornar o primeiro presidente a sofrer um impeachment devido a seu governo corrupto.
Eu tinha oito anos na época quando a corrupção de seu governo veio à tona. Lembro de assistir o noticiário com o meu pai, e presenciar brasileiros — muitos jovens — marchando as ruas de Brasília, a capital federal, com suas faces pintadas em preto e as cores da bandeira brasileira, protestando e pedindo pelo impeachment de Collor. Eu aprendi a ter esperança que um dia o meu país poderia extrair orgulho e justiça a seus cidadãos.
A nova república do Brasil está no seu quarto presidente, com a nova presidente sendo a primeira mulher a ocupar o cargo. O presidente anterior, Luiz Inácio “Lula” da Silva, costumava ser amado por ter tido uma origem humilde, e agora tanto Lula como a presidente atual Dilma Rousseff estão enfrentando desaprovação e recém tratamento hostil onde quer que vão, porque seus governos estão enfrentando acusações de corrupção. Baseado nestes fatos, brasileiros continuam encontrando resistência em desenvolver e solidificar um senso de patriotismo e orgulho pelo seu país.
Eu conheço muitos brasileiros que presenciaram a primeira posse do presidente Obama, incluindo alguns membros da minha família. Muitos brasileiros que residem na ilha têm profunda gratidão pela ordem executiva que Obama implementou, o DACA (ordem deferida para chegada quando ainda criança), e como esta ordem tem melhorado e mudado a vida de seus filhos.
“Um dos elementos da visita do presidente o ano passado que eu achei que foi muito bacana é que ele sabia o nome de todo mundo,” disse Mara Carminati, uma brasileira que reside na ilha há dezesseis anos, em uma conversa recente pelo telefone com o jornal MVTimes. “Ele agradeceu a todas as pessoas que trabalharam na casa a qual passou férias com à família, e estendeu a mão a todos.” Mara conheceu o presidente o ano passado, e trabalhou como voluntária na casa a qual a primeira família passou férias. Como todo mundo que tenha a oportunidade de conhecer o presidente, Mara passou por um processo rigoroso de investigação, que todos passam sendo cidadãos americanos ou não.
À ilha começa a se preparar para receber a visita da primeira família, e os brasileiros que residem na ilha estarão entre os muitos expectadores curiosos, esperando para quem sabe ter ao menos um vislumbre do presidente Obama, e também esperam poder demonstrar seu respeito e apreciação pelo serviço ao país que eles adotaram como seu.