Saudade: News from and for the Brazilian community/Notícias de e para a comunidade brasileira

Brazilian Harvest: Festa Junina

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From left, Jane Sampaio, Rhay Rorigues, Ygor Gomes, João Lucas Knupp, Bruno Moreira, Ithalo Santos, Richard Guerra, Ana Clara Lopes, Tesla Morales, Amanda Moraes, Anna Luiza Rodrigues, Bella Pereira, Maykom de Souza, Vitor Lage, Larissa de Oliveira, and Rhaquenya Costa. — Juliana Germani

A tradução deste artigo se encontra no final da versão em inglês

This past Sunday, at the Agricultural Hall, a Brazilian Harvest Festival called Festa Junina, widely celebrated all across Brazil during the month of June, was also celebrated on Martha’s Vineyard. Many folks were instrumental in making it all happen, and I asked some of them to share their thoughts about the event and the process.

Jane Sampaio

The highlight of the Festa Junina was most definitely the student performers. During their Saturday night rehearsal, one of the students asked me, “Mrs. Sampaio, do you really think your American friends will like our dance?” There is just nothing like it here. It is such a breath of fresh air to see teens engaging in healthy fun, sharing their joy with others. I hope others will let them know how it touched them. It was a lot of hard work putting it together, at the end of the academic year and the beginning of the Vineyard summer, but I really felt the whole day was a beautiful collaborative effort between our MVRHS Portuguese program, the Family Center, the 4H Club, the Yard, full of so many selfless acts from members of our community (and even visiting family members from the West Coast!). I am truly humbled by the genuine kindness of people who graciously gave of their time and talents to make the day the success that it was. 

My vision for this Festa Junina was always that it would be a reflection of our heritage students who grow up in the space between two cultures, using multiple languages to think, and at times finding it confining to use only one. While this may be their daily struggle, they also would tell you they wouldn’t trade being bilingual for being monolingual. Language, however, is the easy part to navigate. The real challenge comes when they must regularly navigate cultural expectations, values, and priorities. This is the heavy work of many of our children today. Our Festa Junina was never going to be identical to a Festa Junina in Brazil, and it never will be, but my hope is that it becomes a reflection of our students’ biculturalism, a community event of cultural pride in which parents, teachers, and community organizations work together and then celebrate and reflect upon the rich cultural diversity of our Island community, an intentional act of community making us all better neighbors. The idea of having our Portuguese program host a Festa Junina began with student fundraising efforts five years ago, and finally, this past Sunday, that dream was realized. 

Paulo Deoliveira, community member and the Dukes County Registry of Deeds

I really appreciated the collaboration between the Martha’s Vineyard Regional High School and the Martha’s Vineyard Community Services. M.V. Community Services provided the necessary resources to make the event happen, and it is great to see how inclusive Community Service is of the Brazilian community, the events they create to include the community as well as activities designed explicitly for the Brazilian population. Also, kudos to the kids for presenting the quadrilha. My daughter Luiza loved the girls’ dresses, and my son Mateo thought that the Brazilian dancer [Leo Sandoval] whom the Yard brought was the coolest dude around. I hope to one day be able to bring my kids to participate in a Festa Junina in Brazil.

David White, the Yard artistic director 

For us, it was a great opportunity to introduce an extraordinary artist whom we have worked with for some time to the Brazilian community, or a slice of the Brazilian population. Leo is a superb artist and collaborator, and a potential empathetic artist to work with the Brazilian community, perhaps first with a younger generation. I could see elements of his performance in what the kids presented, and I believe that younger and older members of the Brazilian community can relate to his work. We hope to have initiated potential collaborations between the Yard and the Brazilian population.

 Andressa da Costa

I was so happy to see so many Brazilians come and participate in the party. I worked so hard that I didn’t have the opportunity to enjoy it but it made me happy to see others enjoy themselves. It took a lot of work to pull it off and there are so many people to thank, especially Neide Fogaça, Marcelo Cavalcante, Magno Costa, Paulo Silva, Vânia Guedes, Sinval Marques, Augusto Nunes, Bruno Oliveira, Caroline Israel among so many others members of our community as a whole whose contributions were pivotal to make the event happen. It is very gratifying to conquer a goal and bring a bit of Brazil to those who cannot go back to Brazil as well as present to the Island other aspects of our culture.

Kim D’ Arcy, M.V. Family Center program coordinator

I am so pleased with how everything came together. I would like to give a shout-out to Robert Lionette for his contributions. It was so nice to watch the kids’ performance — I could see that it was a way to connect the older generation to the younger generation, as well as a way for parents to share a component of Brazilian heritage and culture with their children in the U.S. — for those who cannot do so in Brazil. It was also an opportunity to connect the Brazilian community with the services that Martha’s Vineyard Community Services provides. We hope to continue the collaboration and to continue to foster a safer place for all Island families to come together.

Leonardo Sandoval and Gregory Richardson. — Juliana Germani

Portuguese Translation – Tradução em português

No domingo passado, no Agricultural Hall, uma festa brasileira chamada de Festa Junina, amplamente celebrada em todo o Brasil durante o mês de junho, também foi comemorada em Martha’s Vineyard. Muitas pessoas foram fundamentais para que a festa acontecesse e pedi a algumas delas que compartilhassem seus pensamentos sobre o evento e o processo.

Jane Sampaio

O destaque da Festa Junina foi definitivamente a apresentação dos estudantes. Durante o ensaio da noite de sábado, um dos alunos me perguntou: “Sra. Sampaio, você realmente acha que seus amigos norte-americanos vão gostar da nossa dança?” Não há nada como isso por aqui. Foi uma experiência revigorante ver adolescentes engajados em diversão saudável, compartilhando sua alegria com os outros. Espero que as pessoas as quais assistiram a apresentação, que compartilhem com estes jovems, como a apresentação os tocou. Foi muito trabalhoso organizar tudo, principalmente no final do ano letivo e no início do verão de Martha’s Vineyard, mas eu realmente senti que o dia todo foi um belo esforço colaborativo entre o nosso programa de Português da MVRHS, do Family Center, do 4H Club, the Yard, cheio de tantos atos altruístas de membros de nossa comunidade (e até familiares que estavam visitando da costa oeste!). Sinto-me verdadeiramente tocada pela gentileza genuína das pessoas que graciosamente doaram seu tempo e talentos para tornar o dia o sucesso que foi.

Minha visão para esta Festa Junina sempre foi que seria um reflexo dos nosso alunos que nasceram aqui de pais brasileiros; os alunos crescem no espaço entre duas culturas, usam dois idiomas para pensar e, às vezes, acabam confinados a utilizar apenas um. Embora essa possa ser a luta diária destes alunos, eles também diriam que não trocariam ser bilíngües por serem monolíngües. A linguagem, no entanto, é a parte fácil de navegar. O verdadeiro desafio surge quando eles precisam navegar regularmente por expectativas, valores e prioridades culturais. Este é o trabalho pesado de muitos dos nossos filhos hoje em dia. Nossa Festa Junina não teve a intenção de ser idêntica a uma Festa Junina no Brasil, e nunca será, mas minha esperança é que ela se torne um reflexo do biculturalismo de nossos alunos, um evento comunitário de orgulho cultural em que pais, professores e as organizações comunitárias trabalham juntas e depois celebram e refletem sobre a rica diversidade cultural de nossa comunidade insular, um ato intencional de comunidade que nos torna melhores vizinhos. A idéia de que o nosso programa de português abrisse uma Festa Junina começou com os esforços de arrecadação de fundos cinco anos atrás e, finalmente, no domingo passado, esse sonho foi realizado.

Paulo Deoliveira, membro da comunidade e Register of Deeds do Condado de Dukes County

Eu realmente gostei da colaboração entre a escola, Martha’s Vineyard Regional High School, e o centro de serviços comunitários, The Martha’s Vineyard Community Center. O M.V. Community Center forneceu os recursos necessários para que o evento acontecesse, e é ótimo ver como o Serviço Comunitário é inclusivo da comunidade brasileira, os eventos que eles criam para incluir a comunidade, bem como atividades planejadas explicitamente para a população brasileira. Além disso, parabéns aos alunos por apresentarem a quadrilha. Minha filha Luiza adorou os vestidos das meninas, e meu filho Mateo achou que o dançarino brasileiro [Leo Sandoval] que o Yard trouxe é o cara mais legal do mundo. Espero um dia poder trazer meus filhos para participar de uma Festa Junina no Brasil.

David White, diretor artístico do Yard

Para nós, foi uma ótima oportunidade para apresentar um artista extraordinário com quem trabalhamos há algum tempo para a comunidade brasileira, ou uma fatia da população brasileira. Léo é um excelente artista e colaborador, e um artista empático para trabalhar com a comunidade brasileira, talvez primeiro com uma geração mais jovem. Eu pude ver elementos da performance do Léo no que os alunos apresentaram, e acredito que os membros mais jovens e mais velhos da comunidade brasileira podem se ver em seu trabalho. Esperamos ter iniciado potenciais colaborações entre o Yard e a população brasileira.

Andressa da Costa

Fiquei tão feliz de ver tantos brasileiros participarem da festa. Eu trabalhei tanto que não tive a oportunidade de curtir, mas fiquei feliz em ver os outros se divertindo. Foi preciso muito trabalho para conseguir, e há tantas pessoas para agradecer, especialmente Neide Fogaça, Marcelo Cavalcante, Magno Costa, Paulo Silva, Vânia Guedes, Sinval Marques, Augusto Nunes, Bruno Oliveira, Caroline Israel entre tantas outras pessoas. É muito gratificante conquistar um objetivo e trazer um pouco do Brasil para quem não pode voltar ao Brasil, além de apresentar para a Ilha outros aspectos da nossa cultura.

Kim D ‘Arcy, M.V. Coordenadora do programa do Centro da Família

Estou tão satisfeita com a resultado final. Eu gostaria muito de agradecer o Robert Lionette por suas contribuições. Foi muito bom ver a apresentação das alunos – pude ver que foi uma maneira de conectar a geração mais velha à geração mais jovem, bem como uma maneira de os pais compartilharem um componente da herança e da cultura brasileiras com seus filhos aqui nos Estados Unidos, para aqueles que não podem fazer o mesmo no Brasil. Foi também uma oportunidade para conectar a comunidade brasileira aos serviços que os Serviços Comunitários de Martha’s Vineyard oferecem. Esperamos continuar a colaboração e continuar a promover um lugar seguro para todas as famílias da Ilha se unirem.