Saudade: News from and for the Brazilian community/Notícias de e para a comunidade brasileira

Brazilian Faces: Dayana Duncheva

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Dayana Duncheva — Courtesy Juliana Germani

A tradução deste artigo se encontra no final da versão em inglês

This week’s column is about Dayana Duncheva — she is a paraprofessional for MVYPS Bridge Program. 

How did you get to the Island? Where are you from in Brazil?

A friend of mine who has lived on the Island for quite some time told me that I could build a life for myself here and gave me the support to do so. I arrived in 2015. I am from Rio de Janeiro.

What was it like in the beginning?

Well, as most Islanders would attest, the path to where you want to be isn’t linear. I worked at farms, coffee shops, as a health aid, you name it. But I knew where I wanted to work and that it was with education, devoting my time to the demographic that I am so privileged to work with, and it finally happened for the 2019-2020 school year.

What was it like to start a new job, and become a mom during a world pandemic?

What comes to mind is the importance of family. Despite the challenges it presented, the pandemic allowed me to have time to learn and devote to motherhood. I developed an even closer bond with my family members despite not being in the same country. I’d call every day, make sure they were okay, and knew how much I loved them. I am always cautious about the good that the pandemic brought me because I know that it has been devastating for so many people. But for me, it also brought a lot of clarity, simplified things, and allowed me to focus on what matters.

How do you see the role that the Brazilian community will have on the Island?

The Island is very accomodating to Brazilians. At times, I wish Brazilians were better educated on how to access things that serve them and took the opportunity to contribute as we are part of this community. But I also see it as an opportunity for the Brazilian Islanders who can navigate both worlds to help facilitate this type of connection. I am raising my child here and I am excited for the place that she is inheriting I hope it remains as welcoming and community-driven. I also see it as my responsibility to ensure that it does.

Portuguese Translation – Tradução em Português

A coluna desta semana é sobre Dayana Duncheva – a qual é uma paraprofissional para o programa MVYPS Bridge Program que faz parte da rede de escolas públicas da ilha de Martha’s Vineyard

Como você chegou à ilha? De onde você é do Brasil?
Um amigo meu que mora na ilha há algum tempo me disse que eu poderia construir uma vida aqui e me deu o apoio para isso. Cheguei em 2015. Sou do Rio de Janeiro.

Como foi no começo?
Bem, como a maioria dos moradores da ilha podem atestar, o caminho para onde você quer chegar não é linear. Trabalhei em fazendas, cafés, como auxiliar de saúde, o que apareceu. Mas eu sabia onde queria trabalhar e que era com educação, dedicando meu tempo à demografia com a qual tenho o privilégio de trabalhar, e finalmente aconteceu no ano letivo  de 2019-2020.

Como foi começar um novo emprego e se tornar mãe durante uma pandemia mundial?
O que vem à mente é a importância da família. Apesar dos desafios que se apresentaram, a pandemia me permitiu ter tempo para aprender e me dedicar à maternidade. Desenvolvi um vínculo ainda mais profundo com os membros da minha família, apesar de não estar no mesmo país. Eu ligava todos os dias, sempre checando se eles estavam bem, e que sabiam o quanto eu os amava. Sempre sou cautelosa quando discuto sobre o bem que a pandemia me trouxe porque sei que tem sido devastadora para tantas pessoas. Mas para mim também trouxe muita clareza, simplificou as coisas e me permitiu focar no que importa.

Como você vê o papel que a comunidade brasileira terá na Ilha?
A ilha é muito acolhedora para os brasileiros. Às vezes, gostaria que os brasileiros fossem mais instruídos sobre como acessar coisas que os servem e aproveitassem a oportunidade para contribuir, pois fazemos parte desta comunidade. Mas também vejo isso como uma oportunidade para os brasileiros moradores da ilha que podem navegar pelos dois mundos para ajudar a facilitar esse tipo de conexão. Estou criando minha filha na ilha e estou empolgada com o lugar que ela está herdando e espero que continue sendo um lugar acolhedor e orientado para a comunidade como um todo. Também vejo como minha responsabilidade garantir que isso aconteça.